Com 6 minutos e 30 segundos de exibição durante o horário eleitoral no rádio e na TV, o prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, terá o tempo de aparição mais dominante em um pleito na capital paulista desde 2000. Os 390 segundos de Nunes equivalem a 65% da faixa horária destinada à veiculação de propaganda dos candidatos à Prefeitura, muito além do segundo colocado.
Na segunda posição, Guilherme Boulos (PSOL) terá 2 minutos e 22 segundos, José Luiz Datena (PSDB) ficou com 35 segundos e Tabata Amaral (PSB) com 30 segundos. Sem representação no Congresso, Pablo Marçal (PRTB), Marina Helena (Novo), Bebeto Haddad (Democracia Cristã), João Pimenta (PCO), Altino Prazeres (PSTU) e Ricardo Senese (UP) não terão espaço nos 10 minutos da propaganda eleitoral.
A dominância de Ricardo Nunes se deve à coligação em prol da reeleição do prefeito, que conta com 12 partidos. A Justiça Eleitoral distribui o tempo no rádio e na TV, assim como o número de inserções durante a grade, com base na representação dos partidos políticos na Câmara. Além de congregar o apoio de mais de uma dezena de siglas, a chapa de Nunes conta com partidos robustos no Congresso, como o próprio MDB, o PL, do vice Coronel Mello, o PSD e o União Brasil.
Segundo dados obtidos pelo Estadão com a 1ª Zona Eleitoral da capital paulista, nenhum postulante ao cargo de prefeito desde o pleito de 2000 teve um tempo proporcional tão favorável na TV e no rádio quanto o emedebista. O recorde anterior pertencia a uma chapa de que o próprio Nunes participou, em 2020, como vice de Bruno Covas (PSDB). O tucano concorria à reeleição e, contando também com uma ampla gama de partidos na coligação, dispôs de 35,5% do horário eleitoral para a veiculação de propaganda política.
Redação
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