Sua Majestade, o Rei do Saibro, agora é história. Desde 2001, quando se tornou profissional ainda adolescente, Rafael Nadal construiu uma das grandes carreiras do esporte, de qualquer esporte. Aos 19 anos, ganhou seu primeiro de incríveis e, aparentemente inatingíveis, 14 títulos de Roland Garros. Aos 38 anos, 4 meses e 7 dias, anunciou sua aposentadoria.
Nadal apareceu quando o tênis já experimentava o início do domínio de Roger Federer e se tornou o melhor rival que o suíço poderia ter, e que a modalidade poderia querer. Foram 40 jogos entre eles, muitos inesquecíveis, como a final de Wimbledon de 2008, um dos grandes confrontos da história.
Rafa viria a ser também o maior rival de Novak Djokovic no duelo que mais se repetiu na história do tênis: 60 capítulos, muitos deles também marcados na história do esporte.
Do Big 3, Nadal foi quem mais se transformou ao longo da carreira, no físico e no estilo de jogo. O tenista que ganhou o primeiro título de ATP em 2004 é outro completamente diferente daquele que, 18 anos depois, levantou o 14° troféu de Roland Garros, sua última conquista, em 2022.
A transformação constante e a busca incessante pela excelência marcaram a carreira do espanhol. Só ele sabe exatamente a que custo.
Dos três ícones do tênis no século XXI, Nadal foi disparado quem mais caiu e teve que se reerguer. Uma mensagem constante de persistência, resiliência e superação. Nadal leva consigo 92 títulos de ATP, duas medalhas de ouro olímpicas, cinco Copas Davis. Seus 22 títulos de Grand Slam são a 2ª maior marca da história.
Tanto quanto os títulos, seu legado de ética, respeito e amor ao tênis jamais será esquecido.
O esporte, hoje, está órfão, milhões de fãs mundo afora lamentam o fim de uma era. Não se pode esperar mais de um atleta, de um ídolo, de uma lenda.
Termina aqui um dos ciclos mais espetaculares do esporte. É simbólico que o anúncio tenha sido em um 10 de outubro. Rafael Nadal é mesmo 10/10.
Que privilégio o nosso. VAMOS, RAFA!
Gracias por tanto.
More Stories
Botafogo busca empate, mas perde liderança do Brasileiro para o Palmeiras
Skate: Rayssa Leal bate campeã olímpica e vence etapa do Japão
O que Diniz precisa para entrar em grupo com Tite e Gallardo na América