O ditador chinês, Xi Jinping, reuniu-se nesta segunda-feira (10) em Pequim com a presidente do Conselho da Federação Russa, Valentina Matviyenko, para discutir o desenvolvimento das relações bilaterais e trabalhar “estreitamente” na parceria estratégica entre os dois países.
“A China está disposta a trabalhar em estreita colaboração com a Rússia para desenvolver uma parceria estratégica abrangente na nova era”, disse o líder do regime chinês, em um novo sinal de que o país asiático não irá aderir às sanções contra Moscou pela guerra na Ucrânia.
Durante a reunião com a terceira principal autoridade do governo russo, Xi enfatizou a importância das relações sino-russas, afirmando que elas se baseiam nos “interesses fundamentais de ambos os países e povos”, segundo informou a emissora estatal chinesa CCTV.
O ditador chinês e Matviyenko concordaram com a importância de fortalecer a comunicação e a cooperação em organizações multilaterais como a Organização para Cooperação de Xangai (OCX) e o Brics com o objetivo de promover uma reforma de governança “global, justa e equitativa” para proteger os “interesses comuns dos mercados emergentes” e países em desenvolvimento.
No encontro, que contou ainda com a presença do chefe da Comissão de Relações Exteriores do Partido Comunista da China e principal diplomata chinês, Wang Yi, a representante russa manifestou seu apoio à parceria estratégica entre a Rússia e a China e destacou os progressos alcançados nos últimos anos.
Além disso, ela elogiou a visita de Estado de Xi no último mês de março ao seu país, onde se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin, no que considerou um “impulso positivo” para o desenvolvimento das relações bilaterais.
Nessa mesma viagem, os dois países concordaram em fortalecer sua cooperação militar para aumentar a “confiança mútua” entre suas Forças Armadas.
Em fevereiro de 2022, pouco antes do início da invasão russa à Ucrânia, Putin e Xi proclamaram uma “amizade ilimitada” entre suas nações em Pequim.
O país asiático vem mantendo uma posição ambígua em relação ao conflito, evitando condená-lo e defendendo o “respeito pela integridade territorial” de todos os países.
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