Camponeses cubanos que vivem na província de Guantánamo, localizada na costa sul de Cuba, denunciaram ao site CubaNet que estão há meses sofrendo com a falta de insumos para a produção de alimentos. De acordo com eles, a principal carência é a de fertilizantes para o cultivo da terra.
“O Estado exige que você tem que entregar, mas eles não te dão nada”, afirmaram os produtores em entrevista ao CubaNet. Segundo eles, o regime cubano pouco tem feito para tentar sanar a crise de fertilizantes que vem atingindo a ilha.
Ainda segundo os produtores, suas terras padecem com a falta de ferramentas necessárias para a lavoura, como mangueiras para irrigação da terra, e recursos como o cal. Ao site CubaNet, os camponeses disseram que até tentam comprar essas ferramentas e recursos no mercado privado, mas, de acordo com eles, os preços estão extremamente altos.
Os camponeses estão sofrendo também com o atraso para receber o pagamento pelas novas safras: eles afirmam que a demora para receber é de três a cinco meses. Outro problema que vem atingindo a produção no campo cubano é a falta de logística para a distribuição e armazenamento da colheita.
“Você acha que, quando você tem um pé de tomate maduro, ele vai esperar dois ou três dias? Não vai esperar. O que tive de fazer? Procurar revendedores no estrangeiro para se encarregarem do tomate”, lamentou um dos produtores que têm perdido suas colheitas por causa dos problemas de logística.
O regime cubano liderado pelo ditador Miguel Díaz-Canel reconheceu problemas na produção de alimentos na ilha em uma discussão ocorrida no parlamento da ditadura nas últimas semanas, mas, como sempre, o regime castrista insistiu em culpar o embargo dos Estados Unidos pela escassez de recursos, principalmente a de fertilizantes.
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