28 de abr de 2025 às 17:10
O vigário geral de Roma, cardeal Baldassare Reina, defendeu hoje (28) continuar as reformas do papa Francisco na terceira missa das noevendiales em sufrágio da alma do papa morto no dia 21 de abril.
“Penso nos muitos processos de reforma na vida da Igreja iniciados pelo papa Francisco, que vão além das filiações religiosas”, disse Reina em sua homilia. “As pessoas o reconheciam como um pastor universal”.
“Essas pessoas têm um sentimento de ansiedade em seus corações, e parece que percebo uma pergunta nelas: o que será dos processos que começaram?”
“Nosso dever deve ser discernir e organizar o que foi iniciado, à luz do que nossa missão exige de nós, na direção de um novo Céu e uma nova terra, adornando a Noiva para o Noivo”, disse o vigário-geral de Roma usando imagens tiradas do livro do Apocalipse.
O cardeal, que como vigário-geral de Roma cuida da diocese que, formalmente é a do papa, disse que “buscar um pastor hoje significa, antes de tudo, buscar um guia que saiba administrar o medo da perda diante das exigências do Evangelho”, que “tenha o olhar de Jesus, epifania da humanidade de Deus num mundo com traços desumanos”, e que “confirme que devemos caminhar juntos, formando ministérios e carismas: somos o povo de Deus, constituído para anunciar o Evangelho”, disse o cardeal sobre o conclave que elegerá o sucessor de Francisco e do qual ele tomará parte.
“Este não pode ser um momento para malabarismos, táticas, cautela, instintos de retirada ou, pior, vingança e alianças de poder. Em vez disso, é necessária uma disposição radical para embarcar no sonho que Deus confiou às nossas pobres mãos”, disse o vigário geral de Roma.
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Dom Reina pediu hoje, na terceira missa pela alma do papa Francisco, para continuar construindo “um novo céu e uma nova terra”, termos usados no livro do Apocalipse.
Em sua homilia na basílica de São Pedro, no Vaticano, o cardeal italiano, de 54 anos, que votará no próximo conclave, disse que “neste tempo, enquanto o mundo arde e poucos têm a coragem de anunciar o Evangelho, traduzindo-o numa visão de um futuro possível e concreto, a humanidade aparece como ovelhas sem pastor”, disse o cardeal.
O cardeal Reina disse que Cristo conhece o fardo que recai “sobre cada um de nós enquanto continuamos sua missão, especialmente quando nos encontramos buscando o primeiro de seus pastores na terra”.
Dom Reina disse que “Deus não abandona o seu povo” nem deixa os seus pastores sozinhos, pois a fé católica “traz a promessa de uma colheita alegre, mas ela deve passar pela morte da semente que é a nossa vida”.
“Aquele gesto extremo, total e exaustivo do semeador me fez lembrar do Domingo de Páscoa do papa Francisco, daquela efusão de bênçãos e abraços ao seu povo na véspera de sua morte. O ato final de sua incansável semeadura do anúncio das misericórdias de Deus. Obrigado, papa Francisco”, concluiu o cardeal.
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