2 de mai de 2025 às 16:17
Nos encontros da congregação-geral há “um certo consenso de que há coisas que não podem ser revertidas” depois do pontificado de Francisco, disse o arcebispo emérito de Caracas, Venezuela, dom Baltazar cardeal Porras.
Depois da sétima congregação-geral na quarta-feira (30), ele falou com a ACI Prensa, agência da EWTN News, sobre o futuro da Igreja. A Igreja deve “responder onde está a maioria dos católicos do mundo, que é no Sul e não na Europa”, disse.
Isso não significa um desprezo pela antiga tradição católica europeia, mas uma oportunidade para reconhecer que essa riqueza “está a serviço desses novos povos, e que eles a vivem com alegria e esperança, mesmo em meio a grandes dificuldades”, disse o cardeal Porras que não participará do conclave porque tem 80 anos e já não pode mais votar.
“Acho que não vai demorar muito”, disse o cardeal Porras respondendo sobre a possível duração do conclave, previsto para começar em 7 de maio. Essa opinião contrasta com a do arcebispo de Colônia, Alemanha, cardeal Rainer Maria Woelki, que espera que o próximo conclave dure mais do que aquele que elegeu o papa Francisco em 2013, que foi relativamente breve.
Em sua conta na rede social Instagram, o arcebispo emérito de Caracas também falou da crescente expectativa global em torno da eleição papal, dizendo que para os fiéis, “não deve ser mera curiosidade”, mas uma oportunidade para rezar mais intensamente.
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Segundo o cardeal Porras, as congregações-gerais estão acontecendo “num clima sereno e livre”, o que permite que o Colégio Cardinalício “se conheça”.
“Nestes dias, estamos na novena por ocasião da morte do papa Francisco e, em retrospectiva, [podemos] rezar para que o próximo papa siga o caminho trilhado por alguém que nasceu em nosso próprio continente. Apesar das tribulações que nosso povo possa enfrentar, é isso que eles desejam: essa proximidade, essa abertura a todos”, disse.
Para o cardeal venezuelano, o próximo papa deve “ter a força de acompanhar, sobretudo, os mais fracos”.
“Portanto, rezemos nestes próximos dias (…) para que a luz do Espírito Santo os ilumine [os cardeais eleitores] e nos dê o papa que o mundo de hoje, não só a Igreja, precisa”, concluiu o arcebispo.
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