Portal Paraíba-PB

Informação com credibilidade!

Cardeais reunidos em conclave começam eleição do novo papa

Com a proclamação extra omnes (todos para fora, em latim) hoje (7) à tarde, as portas de madeira da Capela Sistina foram fechadas e guardadas em todas as entradas por guardas suíços para os 133 cardeais eleitores começarem a escolher o novo papa.

Sentados em fileiras de mesas diante do afresco do Juízo Final, de Michelangelo, antes de quaisquer outras discussões ou da primeira votação, ou scrutio, em latim, os cardeais eleitores ouvem uma meditação do cardeal Raniero Cantalamessa, OFM Cap, de 90 anos, ex-pregador da Casa pontifícia por 44 anos.

Segundo as rubricas para conclaves, Cantalamessa, escolhido na semana passada pelo Colégio dos Cardeais, deve pregar aos eleitores sobre a natureza muito séria da tarefa deles e a necessidade de que ajam com a intenção correta, fazendo o melhor para cumprir a vontade de Deus e desejando o bem de toda a Igreja, para eleger o próximo papa.

Em seguida, Cantalamessa e o mestre de celebrações litúrgicas pontifícias da Santa Sé, dom Diego Ravelli, serão os dois últimos a deixar a Capela Sistina antes do início da votação. A primeira visão da fumaça saindo da chaminé da Capela Sistina é esperada para esta noite, horário de Roma.

A sessão será encerrada com uma oração a Nossa Senhora e o canto Sub tuum praesidium (Sob a tua proteção), o hino mariano mais antigo da Igreja.

O rito de procissão para o conclave e o juramento dos cardeais começaram na Capela Paulina, no Palácio Apostólico, às 16h30. Os cardeais, em ordem de hierarquia, percorreram um curto trajeto até a Capela Sistina, sob o canto da Ladainha dos Santos, seguido de invocações, como uma oração para que o Senhor “conceda à sua Igreja um pontífice que lhe agrade com a santidade de sua vida” e “que derrame sobre este conclave o poder do Seu Espírito”.

Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram

Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:

Dentro da Capela Sistina, cada cardeal eleitor ficou diante de seu assento designado, de frente para o Livro dos Evangelhos, colocado num ambão no centro da sala.

O cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado da Santa Sé no pontificado de Francisco, entoou o hino Veni, Creator Spiritus e, como celebrante do rito, rezou: “Ó Pai, que guias e guardas a tua Igreja, concede aos Teus servos o Espírito de inteligência, de verdade e de paz, para que se esforcem por conhecer a tua vontade e Te sirvam com total dedicação. Por Cristo, nosso Senhor. Amém”.

O hino foi cantado pelo coro da Capela Sistina, sob a regência de seu diretor, o padre brasileiro Marcos Pavan.

Um momento de silêncio precedeu a leitura de Parolin do juramento que cada cardeal deve prestar: “Prometemos, obrigamos e juramos que observaremos fiel e escrupulosamente todas as prescrições contidas na constituição apostólica do Sumo Pontífice João Paulo II, Universi dominici gregis … Da mesma forma, prometemos, obrigamos e juramos que qualquer um de nós, por disposição divina, eleito Romano Pontífice, vai se comprometer a cumprir fielmente o “munus Petrinum” de pastor da Igreja universal e não deixará de afirmar e defender com veemência os direitos e a liberdade espiritual e temporal da Santa Sé. Acima de tudo, prometemos e juramos observar com a máxima fidelidade e com todos, clérigos e leigos, o segredo sobre tudo o que de alguma forma se refere à eleição do Romano Pontífice e sobre o que acontece no local da eleição, concernente direta ou indiretamente ao escrutínio; não violar de forma alguma esse segredo, na ou depois da eleição do novo Pontífice, a menos que tenha sido concedida autorização explícita pelo próprio pontífice; nunca dar apoio ou favor a qualquer interferência, oposição ou qualquer outra forma de intervenção pela qual autoridades seculares de qualquer ordem e grau, ou qualquer grupo de pessoas ou indivíduos que desejem interferir na eleição do pontífice romano”.

Em seguida, cada um dos 133 cardeais diante do ambão e, colocando a mão sobre o Livro dos Evangelhos, disse: “Assim me ajude Deus e estes santos Evangelhos que toco com a minha mão”.

Ravelli então disse: extra omnes. Todos os assistentes e ministros deixaram a sala e a transmissão ao vivo foi encerrada.

FONTE: ACI Digital