Estamos em maio de 2025. Falta mais de um ano para as eleições estaduais e federais, marcadas para o dia 4 de outubro de 2026. No entanto, as especulações sobre quem sairá candidato aos cargos majoritários já tomam conta das ruas, das redes sociais — e, claro, das rodas políticas.
Neste momento, tudo é possibilidade — o jogo ainda está na fase de arrumação do tabuleiro. Mas a imprensa precisa se movimentar, e por isso começa a mover suas peças nesse xadrez político que se renova a cada dois anos.
Na Paraíba, minha terra, os nomes que hoje concentram as atenções para a disputa pelo governo do Estado são o prefeito de João Pessoa Cícero Lucena, o vice-governador Lucas Ribeiro, o ex-candidato Pedro Cunha Lima e o senador Efraim Filho. Já o atual governador, João Azevêdo, ao que tudo indica, prepara-se para entrar na corrida pelo Senado. E não está só: nesse mesmo tabuleiro paraibano, outros nomes também se articulam com vistas à Câmara Alta, já que em 2026 estarão em disputa duas vagas por estado. Muitos desses, mesmo fora do foco principal da mídia, já se movimentam nos bastidores, atentos às composições e alianças que se desenham.
E quando é que esse quadro começará a se definir com mais clareza? No dia 4 de abril de 2026, prazo final para a desincompatibilização de cargos. É aí que o jogo deixará de ser conversa de botequim e passará a ganhar contornos reais. Até lá, muita fumaça — e pouco fogo.
No cenário federal, o suspense é ainda maior. Lula será novamente candidato? Bolsonaro estará em condições legais e políticas de disputar? E Tarcísio de Freitas? Este, ao que tudo indica, só se lançará ao Planalto se Lula estiver politicamente fragilizado e Bolsonaro fora do páreo. Ele não parece disposto a trocar o certo pelo duvidoso. Em qualquer cenário, é quase certo que a família Bolsonaro estará presente na disputa presidencial — seja com o próprio Jair, seja com Michele ou outro membro do clã, ocupando a cabeça ou a vice de alguma chapa. E se por alguma razão não estiverem diretamente na disputa, o apoio declarado de Bolsonaro poderá ser decisivo para levar alguém ao Planalto. O peso eleitoral do ex-presidente ainda é real e influencia estrategicamente o jogo.
Enfim, tanto na minha querida Paraíba quanto rumo ao Planalto Central, o 4 de abril de 2026 será o marco da virada. Até lá, o que temos é especulação, achismo e… conversa de botequim.
Elcio Nunes
Cidadão Brasileiro
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