A mais recente pesquisa Genial/Quaest, que revelou uma desaprovação de 57% ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), gerou reações opostas entre deputados paraibanos. Enquanto o deputado estadual Sargento Neto (PL) fez duras críticas à atual gestão, o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino (Republicanos), saiu em defesa do petista e apontou interesses do mercado financeiro por trás do cenário negativo
Sargento Neto, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, não poupou palavras ao comentar os dados:
— O governo do PT vai de mal a pior. É uma gestão sem compromisso com a nação brasileira. Quem está pagando a conta é o povo, especialmente a classe baixa. Esse resultado é reflexo da má administração do presidente Lula. Eu não torço pelo “quanto pior, melhor”, mas a situação está insustentável — declarou.
Já Adriano Galdino adotou um tom completamente oposto. Para o deputado do Republicanos, Lula ainda tem ampla capacidade de recuperação de sua imagem e de sua base popular, e atribui a queda na aprovação a um ambiente manipulado por forças econômicas.
— Eu desconfio dessa pesquisa. Lula é um presidente que dialoga com os que menos têm. O que está acontecendo hoje é a tentativa de empoderamento do mercado financeiro, que passou a atuar como força política, tentando desestabilizar o governo. O presidente Lula está enfrentando esse setor, que lucra absurdamente com juros extorsivos, como os do cartão de crédito e do consignado — afirmou Galdino.
Ele também destacou avanços que, segundo sua avaliação, não têm recebido a devida atenção.
— Hoje há mais empregos, a economia está girando, há oferta de mão de obra, e os programas sociais voltaram a beneficiar os mais pobres. Mas o mercado tenta construir um ambiente fictício de crise para proteger seus próprios interesses — argumentou.
Questionado se acredita na reversão dos índices até as eleições de 2026, Galdino foi categórico:
— Tenho certeza de que o presidente Lula vai recuperar sua aprovação. E quando ele não estiver mais entre nós, muitos que hoje criticam vão reconhecer — ainda que tardiamente — a sua grandeza.
PB Agora
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