13 de jun de 2025 às 16:08
As relíquias de primeiro grau de santa Teresinha do Menino Jesus e de seus pais, são Luís Martin e santa Zélia Guérin foram entronizadas ontem (12), no santuário catedral santa Teresinha do Menino Jesus, em Joaçaba (SC), na missa de 50 anos da diocese de Joaçaba, celebrada pelo bispo, dom Mário Marquez.
As relíquias, um fragmento de osso de santa Teresinha e fragmentos da carne dos santos Luís e Zélia Martin, foram trazidas pelo reitor do santuário de santa Teresinha do Menino Jesus em Lisieux, na França, padre Emannuel Schwab, atendendo a um pedido do bispo de Joaçaba, dom Mário Marquez.
Antes de serem entronizadas na catedral de Joaçaba, as relíquias foram em peregrinação em Brasília (DF), nos dias 8 e 9 de junho e em Florianópolis (SC), nos dias 10 e 11 de junho.
No início da celebração, o pároco do santuário catedral, padre Joveci José de Oliveira Filho disse que desde a criação do atual santuário catedral de Joaçaba, em 1930, santa Teresinha do Menino Jesus indicava o “caminho do cumprimento” da missão do santuário.
“Hoje, esse vínculo com santa Teresinha se torna ainda mais estreito. Passados 50 anos do início dessa caminhada diocesana, neste dia tão especial, queremos acolhê-la de forma definitiva em nossa igreja catedral para que, como ela mesma dizia, aprendamos a amar e saibamos provar o amor cotidianamente”, disse o padre. Ele pediu ao receber as relíquias dos pais de Teresinha, que “esses dois grandes santos” ajudassem o santuário “a viver ainda mais intensamente o amor e os valores familiares”.

“Que eles intercedam para que construamos famílias santas” e “que na presença de santa Zélia e são Luis possamos sempre repetir a oração onde santa Zélia dizia: ““Este ano hei de ir, bem cedinho, ter com a Santíssima Virgem. Quero ser a primeira a chegar. Não Lhe pedirei mais filhinhas; rogar-Lhe-ei somente que faça santas as que me deu, e que eu não lhes fique muito atrás; mas é necessário que elas sejam bem melhores do que eu”.
A homilia da missa foi feita pelo reitor do santuário de santa Teresinha do Menino Jesus em Lisieux, padre Emannuel Schwab e traduzida pelo capelão do santuário francês, o padre brasileiro Eduardo Toledo.
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“O bom Deus me deu um pai e uma mãe mais dignos do céu do que da terra”, começou o padre Schwab citando santa Teresinha.
“A vocação de santa Teresinha tem raiz em sua família”, disse ele. “É na família que ela aprende o amor. Ela vê os seus pais se amarem. É lá que santa Teresinha aprende a amar as suas irmãs. É lá que ela aprende a amar os pobres e sobretudo, é lá que ela aprende a amar Deus e Jesus”.
Schwab também mostrou “mais precisamente como a vida espiritual de Teresinha se enraíza em sua experiência familiar”. No Manuscrito A, um dos manuscritos autobiográficos de Santa Teresinha, ela transcreve uma carta de sua mãe. Na carta a Paulina, Zélia diz de Teresinha, então com três anos: “É uma criança que se emociona com muita facilidade, assim que comete um pequeno erro é preciso que todos saibam. Ontem, sem querer, fez cair um cantinho do papel de parede e ficou em um estado de dar dó. Depois, era preciso contar logo ao seu pai. Ele chegou quatro horas depois, e ninguém mais pensava nisso, mas ela correu até Maria e disse: Diz logo ao papai que fui eu que rasguei o papel. Ela estava ali como um criminoso esperando sua condenação. Mas tinha ideia de que seria perdoada mais facilmente se se acusasse”.
Santa Teresinha escreveu: “O passarinho conta em detalhes suas infidelidades, pensando, em seu ousado abandono, conquistar assim mais poder, atrair mais plenamente o amor d’Aquele que não veio chamar os justos, mas os pecadores”, disse o padre Schwab.
Segundo ele, “para compreender santa Teresinha não é necessário compreender o que ela fez. Porque santa Teresinha não conta primeiramente o que ela fez. Ela conta primeiramente o que Deus fez por ela”.

Santa Teresa de Lisieux ou Teresinha do Menino Jesus é uma das santas mais populares do Brasil, doutora da Igreja e padroeira das missões. Ela morreu aos 24 anos em 30 de setembro de 1897. Foi beatificada em 1923 e canonizada em 17 de maio de 1925 pelo papa Pio XI. Em 19 de outubro de 1997, no domingo missionário, Teresa de Lisieux, autora de escritos autobiográficos, foi proclamada doutora da Igreja pelo papa são João Paulo II.
Seus pais, são Luís e santa Zélia Martin, foram o primeiro casal canonizados juntos em uma mesma cerimônia na história da Igreja, no dia 18 de outubro de 2015, pelo papa Francisco, em meio ao Sínodo da Família.
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