“O esporte é um caminho para construir a paz”, diz Leão XIV no Ângelus

15 de jun de 2025 às 11:17

“O esporte é um caminho para construir a paz, porque é uma escola de respeito e lealdade, que faz crescer a cultura do encontro e da fraternidade”, disse o papa Leão XIV antes da oração do Ângelus de hoje (15), Solenidade da Santíssima Trindade e celebração do Jubileu do Esporte.

O papa falou do valor educativo do esporte e sua capacidade de contribuir para a paz em um mundo marcado por conflitos armados e violência.

“Exorto-vos a viver a atividade desportiva, mesmo a nível competitivo, sempre com espírito de gratuidade, com espírito «lúdico», no sentido nobre do termo, porque no jogo e na diversão saudável o ser humano assemelha-se ao seu Criador”, disse,

O papa exortou os atletas a rejeitarem “todas as formas de violência e opressão”, destacando que um estilo de vida inspirado no respeito mútuo e no jogo limpo é uma resposta concreta aos desafios atuais.

“O mundo de hoje precisa muito disso”, alertou.

Durante seu discurso, o papa também denunciou mais uma vez a situação em Mianmar, onde “apesar do cessar-fogo, os combates continuam causando danos também às infraestruturas civis”. Ele também convidou todas as partes envolvidas a empreenderem “o caminho do diálogo inclusivo, o único que pode conduzir a uma solução pacífica e estável”.

Com profunda consternação, Leão XIV lamentou o massacre ocorrido entre 13 e 14 de junho na cidade de Yelewata, no estado nigeriano de Penu, onde “cerca de duzentas pessoas foram mortas com extrema crueldade, a maioria das quais eram refugiados internos, acolhidos pela missão católica local”.

“Rezo”, disse ele, “para que a segurança, a justiça e a paz prevaleçam na Nigéria, país amado e tão atingido por várias formas de violência”.

Ele também disse que reza especialmente pelas comunidades cristã e rural do estado nigeriano de Penu, “que incessantemente têm sido vítimas da violência”.

O papa Leão XIV falou da situação no Sudão, onde o conflito armado já dura mais de dois anos. Ele relatou com tristeza a morte do padre Luke Jumu, pároco de El Pasha, morto em um recente atentado a bomba. “Ao assegurar as minhas orações por ele e por todas as vítimas, renovo o apelo aos combatentes a fim de que cessem os ataques, protejam os civis e iniciem um diálogo pela paz. Exorto a comunidade internacional a intensificar os esforços para fornecer, pelo menos, a assistência essencial à população, duramente atingida pela grave crise humanitária”.