A líder do movimento oposicionista cubano Damas de Branco,
Berta Soler, denunciou nesta segunda-feira (5) que 13 membros do grupo foram
detidas – incluindo ela mesma -, assim como dois ex-presos políticos que as
acompanhavam.
O caso aconteceu no domingo (4), em Havana e nas cidades de
Perico e Colón, de acordo com o perfil de Soler no Facebook. Esta foi a 18ª vez
que houve detenções de integrantes do grupo em 2023.
Ángel Moya, marido de Soler, escreveu nas redes sociais que
o casal foi detido do lado de fora da sede das Damas de Branco no bairro de
Lawton, em Havana.
Integrantes das Damas de Branco têm sido detidas quase todos
os fins de semana desde que a organização anunciou em janeiro que, como antes
da pandemia, iria novamente às ruas para protestar e pedir a libertação dos
manifestantes dos protestos de 11 de julho de 2021, os maiores no país em
décadas.
As Damas de Branco são um grupo de mulheres parentes de 75
dissidentes e jornalistas independentes detidos e condenados em março de 2003 a
longas penas de prisão, após uma onda de repressão do governo cubano conhecida
como “Primavera Negra”.
As esposas, mães e outros parentes desses prisioneiros
iniciaram uma série de marchas aos domingos para exigir sua libertação e se
tornaram um símbolo de dissidência.
Em 2005, o movimento recebeu o Prêmio Sakharov do Parlamento
Europeu pela Liberdade de Pensamento.
A União Europeia e ONGs como Human Rights Watch e Anistia
Internacional criticaram a onda de prisões como política.
As autoridades cubanas, por sua vez, alegaram que o grupo é contrarrevolucionário e tenta, com apoio dos Estados Unidos, minar a soberania nacional.
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