O ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman al Safadi, enfatizou em uma entrevista à emissora estatal jordaniana Al Mamlaka nesta segunda-feira (13) que o conflito entre Israel e o grupo terrorista palestino Hamas é fruto de “décadas de ocupação bárbara e ilegal”. Safadi reiterou que o “Hamas não é apenas um grupo de combatentes, mas uma ideia e uma doutrina que não pode ser eliminada por meios militares”.
Segundo al Safadi, “o Hamas não criou o conflito, mas o
conflito criou o Hamas”. Ele instou a comunidade internacional a “abordar
as raízes do conflito”, destacando que apresentar uma “ideia alternativa” seria
mais eficaz do que tentar “aniquilar uma ideia com bombas”.
Safadi argumentou que a solução para o conflito passa por
oferecer aos palestinos uma alternativa convincente que respeite “seus direitos
à liberdade e a um Estado digno”. Ele também acusou Israel de trabalhar para “aprofundar
a ocupação em vez de encerrá-la”, contrariando “acordos, referências e leis
internacionais”.
Além disso, o ministro jordaniano lembrou que “o
mundo” está contra o grupo terrorista e exortou aqueles que desejam evitar
“repetições de guerras na região” a abordar as “raízes da ocupação bárbara e
ilegal”.
A Jordânia já anunciou a evacuação de 69 cidadãos
jordanianos que estavam presos no enclave palestino. O porta-voz do Ministério
das Relações Exteriores, Sufian Qudah, informou que esses cidadãos “conseguiram
atravessar a fronteira de Rafah para o Egito, onde foram recebidos pelos
funcionários da embaixada jordaniana”. O comunicado também detalhou que o
número de cidadãos jordanianos na Faixa de Gaza chega a 640.
A Jordânia, um dos países que mais denunciou os ataques de Israel à Faixa de Gaza, reiterou em várias ocasiões que considerará “qualquer tentativa de deslocar à força os palestinos da Cisjordânia” como uma “declaração de guerra”. (Com Agência EFE)
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