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Biden nega que pediu cessar-fogo a Netanyahu, e Israel intensifica ataques ao sul de Gaza

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O governo de Israel informou neste domingo (24) que seu exército intensificou as operações na parte sul da Faixa de Gaza. O foco dos ataques é a cidade de Khan Yunis, considerada um dos principais redutos do Hamas – e para onde grande parte da população palestina se abrigou após as ações israelenses no norte do território.

O anúncio foi feito após a divulgação de notícias falsas afirmando que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, teria pedido um cessar-fogo ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Outra informação, inclusive compartilhada por jornais americanos, dava conta de que Biden havia conseguido convencer Netanyahu a pelo menos não expandir suas ações miliares na região.

Os dois líderes realmente conversaram por telefone na noite de sábado (23), mas ambos rejeitaram os relatos citados acima. Questionado por repórteres ao deixar a Casa Branca rumo à residência presidencial em Camp David, onde passará o Natal, Joe Biden confirmou que não pediu um cessar-fogo durante sua ligação. E se limitou a dizer que enfatizou a necessidade de proteger os civis e facilitar sua saída das áreas de combate.

Benjamin Netanyahu, por sua vez, veio a público neste domingo para reforçar a autonomia dos israelenses. “Vi falsas publicações alegando que os EUA estão nos impedindo de realizar operações. Isso não é verdade. Israel é um Estado Soberano, e nossas decisões na guerra não são ditadas por pressões externas.”

Netanyahu também comentou a morte, nas últimas 48 horas, de 14 soldados das Forças de Defesa. “A guerra está cobrando um preço alto de nós, mas não temos escolha a não ser continuar lutando”, disse o primeiro-ministro. Segundo ele, a ação militar continuará por vários meses, até que o Hamas seja destruído.

Ao todo, 153 militares israelenses foram mortos desde 27 de outubro, quando a ofensiva terrestre na Faixa de Gaza teve início. Os bombardeios e combates no território já mataram mais de 20 mil pessoas e feriram outras 56 mil, de acordo com o Ministério da Saúde do enclave palestino, controlado pelo Hamas. Dados da ONU ainda dão conta de que cerca de 80% dos 2,4 milhões dos habitantes de Gaza foram deslocados por causa da guerra.
Com Agência EFE.

FONTE: Gazeta do Povo