Israel atacou nesta terça-feira (26) posições do grupo xiita Hezbollah no Líbano, depois que um míssil foi lançado do território libanês contra um avião israelense, que não foi atingido.
As forças israelenses disseram em um comunicado que um míssil terra-ar foi disparado a partir do Líbano de manhã contra um de seus aviões que sobrevoava uma área de fronteira entre os dois países, mas não sofreu danos.
Aviões e tanques israelenses atacaram alvos do Hezbollah depois que vários projéteis foram disparados do Líbano em direção à área de Har Dov, no norte de Israel, segundo a nota.
À tarde, um míssil antitanque disparado do Líbano atingiu uma igreja ortodoxa grega na cidade de Iqrit, no norte de Israel, ferindo um civil que foi atendido pelo Exército e pelo serviço de emergência israelense Magen David Adom. A imprensa de Israel informou que o ferido é um homem de 80 anos, zelador da igreja localizada em um vilarejo pouco habitado.
O porta-voz do governo israelense, Eylon Levy, denunciou na rede social X que o Hezbollah viola a resolução do Conselho de Segurança da ONU de 2006, após a guerra entre o grupo xiita e Israel, atacando áreas civis e locais religiosos, e exigiu que o grupo se retirasse da área de fronteira.
Nesta terça-feira (26) também foi divulgada a morte de um sargento israelense, Daniel Nachmani, de 21 anos, que foi ferido na última sexta-feira (22) em um ataque do Hezbollah no qual um soldado também morreu.
O grupo xiita libanês disse ontem que havia atacado alvos militares israelenses na fronteira, causando vítimas.
A fronteira entre Israel e Líbano vive seu momento de maior tensão desde a guerra entre Hezbollah e Israel em 2006, por causa de um aumento de agressões por parte de facções pró-palestina no dia seguinte ao início da guerra entre o grupo terrorista Hamas e Israel na Faixa de Gaza em 7 de outubro.
Desde o início das hostilidades na região, mais de 168 pessoas foram mortas: 12 em Israel – oito soldados e quatro civis – e 156 no Líbano, incluindo 121 membros do Hezbollah, 16 membros de milícias palestinas, um soldado e 18 civis.
Israel enviou mais de 200 mil militares a sua fronteira norte, onde a violência também forçou milhares de pessoas a deixarem suas casas: cerca de 80 mil pessoas deixaram comunidades no norte de Israel e mais de 70 mil fugiram do sul do Líbano.
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