Os Estados Unidos se comprometeram nesta quarta-feira (10) a ajudar o Equador a levar à justiça os responsáveis pelos atuais atos de violência no país, incluindo a invasão a uma emissora de TV em Guayaquil por um grupo armado, ocorrida nesta terça-feira (9).
Em uma mensagem na rede social X (antigo Twitter), o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, condenou os casos de violência no Equador.
“Condenamos veementemente os recentes ataques criminosos de grupos armados no Equador contra instituições privadas, públicas e governamentais. Estamos comprometidos em apoiar a segurança e a prosperidade dos equatorianos, fortalecendo a cooperação com nossos parceiros para garantir que os responsáveis sejam levados à Justiça”, disse.
O Departamento de Estado dos EUA anunciou na terça à noite que está em contato próximo com o governo do presidente equatoriano Daniel Noboa e ofereceu ajuda para enfrentar a violência.
Os EUA não especificaram que tipo de assistência ofereceram a Noboa, mas, nesta quarta-feira, John Kirby, porta-voz da Casa Branca, abriu a possibilidade de que seu país possa fornecer algum tipo de colaboração na investigação da onda de violência promovida por grupos criminosos.
“Estamos preparados para tomar medidas concretas para aprimorar nossa cooperação com o governo do Equador, à medida em que ele enfrenta a violência e o impacto que ela está tendo sobre a população”, disse Kirby.
Diante da violência, a França aconselhou seus cidadãos a adiarem viagens ao Equador. Os Estados Unidos não tomaram medidas semelhantes, mas Kirby pediu nesta quarta-feira que os americanos aumentem suas precauções e mantenham contato com o Departamento de Estado, que é encarregado de garantir a segurança de seus cidadãos no exterior.
A série de incidentes violentos no país começou no domingo, logo após ser realizada uma operação em uma penitenciária de Guayaquil para buscar José Adolfo Macías, conhecido como “Fito”, líder de uma das gangues criminosas mais perigosas do país.
Noboa, que assumiu a presidência do Equador em novembro do ano passado com a promessa de combater o crime organizado, decretou na segunda-feira (8) estado de exceção de 60 dias em todo o país.
Diante da escalada da violência, Noboa foi além e declarou na terça-feira a existência de um “conflito armado interno” no país, o que implica a mobilização e intervenção imediata das forças de segurança contra o crime organizado.
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