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Familiares pedem a libertação dos reféns durante ato em Israel

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Milhares de pessoas participam neste sábado (27) de um ato em Tel Aviv, Israel, que visa exigir a libertação dos reféns israelenses que ainda estão sob o controle do Hamas em Gaza, depois de terem sido sequestrados durante os ataques dos terroristas palestinos realizados contra Israel em outubro do ano passado.

A reunião em Tel Aviv coincide com
o Dia Internacional da Lembrança do Holocausto, comemorado neste sábado. Segundo
informações do jornal israelense The Times of Israel, esse foi o 16º ato
consecutivo organizado pelo Fórum das Famílias dos Reféns e Desaparecidos, que
reúne parentes dos soldados e civis sequestrados pelo grupo terrorista em outubro.

A movimentação está sendo realizada na Praça dos Reféns, que fica localizada em frente ao Museu de Arte de Tel Aviv. O local recebeu este nome por ser considerado um ponto de encontro das famílias dos reféns desde os ataques terroristas do Hamas.

Pessoas participando do ato a favor da libertação dos reféns de Gaza.<br />Foto: EFE/EPA/ABIR SULTAN
Pessoas participando do ato a favor da libertação dos reféns de Gaza.
Foto: EFE/EPA/ABIR SULTAN
| EFE

Segundo o Times of Israel,
o ato começou com uma oração pela segurança e bem-estar das Forças de Defesa de
Israel (FDI) em Gaza, onde 24 militares perderam suas vidas em um único dia
após o desabamento de dois prédios.

As pessoas presentes ali também homenagearam as vítimas do Holocausto, o genocídio de seis milhões de judeus pelo regime nazista alemão, e fizeram um paralelo entre o que aconteceu durante a Segunda Guerra Mundial e o que está ocorrendo agora em Gaza, onde ainda há reféns israelenses em cativeiro.

Durante o ato, Sivan Cohen Saban, co-fundadora do Fórum das Famílias dos Reféns e Desaparecidos, leu uma carta de um comandante israelense que morreu em Gaza.

“Não voltaremos até que todos os
reféns retornem, mesmo que leve dois anos”, escreveu o militar identificado
como Eli Levy, de 24 anos.

O ato contou ainda com uma
mensagem em vídeo de Iga Sofiaja Bonkiene, cuja família salvou judeus na
Lituânia durante o Holocausto nazista.

“Eu realmente gostaria de pedir e
apelar ao povo de Gaza para ajudar a libertar os sequestrados, eu sei que é
difícil [lutar] contra o Hamas, mas assim como nós ajudamos as pessoas contra
os nazistas, vocês também podem ajudar e salvar os sequestrados com informações
ou de qualquer outra forma”, disse ela.

O ato das famílias dos reféns ocorreu separadamente de uma manifestação contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamim Netanyahu, que está em curso em um outro ponto de Tel Aviv.

Segundo informações do Times
of Israel
, mais cedo, Netanyahu teria dito que os atos em favor dos reféns em
Israel estariam servindo para fazer com que o Hamas aumentasse suas exigências e
dificultasse as negociações.

A fala do líder israelense foi alvo de críticas dos familiares presentes no ato deste sábado, que exigiram que o primeiro-ministro “corrija” os erros do dia 7 de outubro.

“Esperamos que o primeiro-ministro lembre que ele é um funcionário eleito cuja função é corrigir os erros [do dia 7 de outubro, quando ocorreu os ataques do Hamas], e não repreender aqueles cujos familiares foram sequestrados”, afirmaram.

FONTE: Gazeta do Povo