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Oposição reage à ideia de Petro de constituinte: “Ameaça à democracia”

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A oposição da Colômbia reagiu com críticas à proposta do
presidente do país, Gustavo Petro, de convocar uma assembleia nacional
constituinte se o Legislativo do país não aprovar as reformas propostas por seu
governo que tramitam no Congresso.

“Há uma ameaça à democracia colombiana. Repressão e
intimidação de empresas, ameaças contra instituições e agora, o desejo de impor
um modelo fracassado através de uma assembleia constituinte porque o Congresso,
no exercício de suas funções, não endossou a destruição da saúde, das aposentadorias
e do emprego”, escreveu o ex-presidente Iván Duque (2018-2022) em sua conta no X.

A senadora María Fernanda Cabal também se pronunciou. “Petro
é um mentiroso e esquerdista radical. Ontem, negava os planos para uma assembleia
constituinte. Hoje, ele confessa a intenção de forçá-la, promovendo reformas que
só trarão miséria e desolação”, afirmou.

Petro havia falado sobre a possibilidade de convocar uma
constituinte na sexta-feira (15), em um evento em Puerto Resistencia, em Cali, epicentro
dos protestos sociais de 2021 na Colômbia.

“Se essa possibilidade de um governo eleito popularmente, em
meio a esse Estado e sob a Constituição da Colômbia, não puder aplicar a
Constituição porque a cercam para não aplicá-la e impedi-la, então a Colômbia
tem que ir a uma assembleia nacional constituinte”, disse.

“As instituições que temos hoje na Colômbia não são capazes
de estar à altura das reformas sociais que o povo, por meio de seu voto,
decretou, exigiu, comandou e ordenou”, acrescentou Petro.

“A assembleia nacional constituinte deve transformar as
instituições para que obedeçam ao povo em seu mandato de paz e justiça, o que é
fácil de conseguir na Colômbia”, argumentou.

Essas declarações ocorrem em um contexto em que a polêmica
reforma da saúde proposta pelo governo está agonizando no Congresso, depois que
oito dos 14 membros da Sétima Comissão do Senado apresentaram uma moção na
terça-feira para arquivar o projeto de lei, apesar de o presidente ter
garantido que não o retiraria.

Para que a reforma seja definitivamente arquivada, oito dos
14 membros da Sétima Comissão devem votar para arquivar o projeto de lei quando
sua presidente, a senadora Martha Peralta, do partido Pacto Histórico, da base
de apoio ao governo, solicitar a votação.

Outras reformas promovidas pelo governo, como a do sistema previdenciário e a reforma trabalhista, também estão travadas no Legislativo. (Com Agência EFE)

FONTE: Gazeta do Povo