Seis jornalistas foram presos na Rússia em março, de acordo com a organização Repórteres sem Fronteiras. O jornal britânico The Guardian relatou que eles são alvos de uma campanha do governo contra a imprensa e oposicionistas.
Antonina Favorskaya é um dos casos. Um tribunal de Moscou determinou que ela permaneça presa até 28 de maio. Favorskaya foi presa ao depositar flores no túmulo de Alexei Navalny, líder oposicionista que morreu em uma colônia penal no Ártico em fevereiro.
Favorskaya cobriu as audiências de Navalny na Justiça russa por anos, assim como as de outros críticos ao regime de Vladimir Putin. A acusação alega que a jornalista reuniu material, editou e produziu vídeos para a Fundação de Combate à Corrupção, liderada por Navalny. A organização foi declarada extremista pelas autoridades russas.
Kira Yarmysh, porta-voz de Navalny, negou o envolvimento de Favorskaya na produção de materiais para a organização. Ela afirmou que Favorskaya se tornou alvo do Kremlin por exercer seu trabalho como jornalista.
Alexandra Astakhova e Anastasia Musatova, colegas de Favorskaya, também foram presas, segundo a SOTAvision, um veículo independente russo.
A prisão de Favorskaya coincide com o primeiro aniversário da prisão do jornalista norte-americano Evan Gershkovich, do Wall Street Journal, acusado de espionagem.
O The New York Times informou que a Rússia sinalizou estar aberta a uma troca de presos com os Estados Unidos, mas apenas após a definição do veredito do jornalista do Wall Street Journal.
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